Exmo Senhor Secretário de Estado do Ambiente
Dr. Paulo Lemos
A Plataforma Mondego Vivo é composta pelas seguintes entidades:
- representantes das empresas de animação turísticas que operam no rio Mondego
- representantes das associações de defesa do ambiente: Liga de Protecção da Natureza, Quercus e Associação dos Amigos do rio Mondego
- representantes das três câmaras municipais afectadas: Coimbra, Penacova e Vila Nova de Poiares
- representantes das juntas de freguesia afectadas: Arrifana, Lorvão, Penacova e Torres do Mondego,
- representantes da Confraria da Lampreia
- representantes dos restaurantes de Penacova
- representantes das associações de moradores ou comissões de melhoramentos das aldeias afectadas: Carvalhosas / Palheiros, Rebordosa, Caneiro, Louredo, Carvoeira e Ronqueira
A Plataforma Mondego Vivo luta contra a implementação do AHPP. Caso a Mini-Hídrica seja construída neste troço do rio Mondego, irão ser inutilizados investimentos avultados das autarquias de Penacova e Vila Nova de Poiares como o açude do Louredo (e o seu projecto de praia fluvial e parque de campismo), a captação de água do Caneiro e da Carvoeira e a estação elevatória da Rebordosa, investimentos que ascendem a cerca de um milhão de euros, aos quais deverão ser acrescidos os custos de deslocalização de algumas captações, para além do risco que poderá constituir a submersão mesmo que parcial e ocasional da Ponte rodoviária do Louredo, cujos custos não foram também contemplados. Deve ser acrescentado a estes montantes a perda de actividade económica na área turística com cerca de um milhão de euros anuais, que durante a concessão de 40 anos, poderia ascender a cerca de 40 milhões de euros, para além da perda dos postos de trabalho actuais directos ligados a este sector de 35 pessoas.
Este empreendimento não é desejado por ninguém: habitantes locais, empresas, autarquias locais e associações. Nem sequer o é pelo próprio promotor. As perdas económicas e financeiras que este projecto poderá criar são manifestamente superiores ao valor da concessão que foi pago pelo promotor, no valor de cerca de 3 milhões de euros, pelo que defendemos o cancelamento do AHPP e a devolução do valor pago pelo promotor.
Visto que a decisão que V. Exª irá tomar brevemente, terá um impacto directo nas nossas instituições, nas populações e na nossa região, gostariamos que nos disponibilizasse a possibilidade de analisarmos este processo em conjunto numa reunião. Estamos disponíveis para qualquer data.
Ficamos a aguardar a sua resposta.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Miguel Lemos Fernandes da Silva
Pela Plataforma Mondego Vivo
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